Você conhece a Manobra de Kristeller?

Ela consiste em pressionar a parte superior do útero, com a mulher em posição ginecológica clássica, para facilitar (e acelerar) a saída do bebê. É aquele empurrão ou pressão de alguém da equipe bem abaixo da costela da mãe, que impede que o bebê “volte” a subir na hora do expulsivo. Se só de ler isso, você já sentiu um nervoso, sentiu certo: a manobra de Kristeller é violenta e – felizmente – está deixando de ser praticada no Brasil (e já é proibida em diversos países).

O Ministério da Saúde oficialmente contraindica e recomenda: “Caso o puxo espontâneo seja ineficaz ou se solicitado pela mulher, deve-se oferecer outras estratégias para auxiliar o nascimento, tais como suporte, mudança de posição, esvaziamento da bexiga e encorajamento.” (Ministério da Saúde – Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal, de 14 de fevereiro de 2017)

E ainda completa: caso o parto não ocorra naturalmente, deve ser considerado o parto instrumental ou a cesariana. Isso porque não existem evidências do benefício da manobra de Kristeller e, além disso, existem evidências de que tal manobra constitui importante risco de morbidade materna e fetal, aumentando chances de sofrimento fetal, rotura uterina, fratura de costelas, rotura de órgãos como fígado e baço e até mesmo morte materna e fetal, por consequência.


Dessa maneira, a manobra de Kristeller é considerada VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA, por estar relacionada a graves problemas tanto para a mãe quanto para o bebê, estando definitivamente PROSCRITA.
O procedimento também é desaconselhado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 🚫❌⛏

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