Antes de responder a essa pergunta, parece-me mais útil, primeiramente, reafirmar o básico: gestantes podem (e devem) comer comida de verdade e o que precisam buscar em sua rotina alimentar é o equilíbrio.
Pode chocolate? Pode. Pode temperos, como gengibre, canela e afins? Pode. Pode café? Pode! Não existem alimentos abortivos ou prejudiciais ao feto, especialmente quando consumidos com bom senso.
Qualquer alimento disponível na natureza, que não seja ultraprocessado, que seja bem higienizado e que a gestante consuma de maneira equilibrada e saudável… pode! Reproduzo aqui o que bons nutricionistas repetem à exaustão: desembale menos, descasque mais. E isso serve pra vida, não só para a gestação, venhamos e convenhamos. Faço destaque apenas para o risco de toxoplasmose, em gestantes suscetíveis à doença (que testaram IgG negativo): atenção às comidas cruas de forma geral, que podem transmitir a toxoplasmose (tem mais sobre isso no post “Peixe cru não transmite toxoplasmose”).
Mas voltando à cafeína: existem poucas evidências disponíveis a respeito, que correlacionem o excessivo consumo de cafeína a riscos como abortamento, baixo peso ao nascer ou parto prematuro. Ainda, não se têm evidências de alta qualidade seguras da quantidade limite de cafeína diária na gestação, mas consensos sugerem um máximo de 200 mg de cafeína por dia. Essa quantidade de cafeína é confortável e, portanto, tomar duas ou três xicrinhas por dia de expresso (como costumo orientar) não vai colocar sua gestação em risco, pode ficar tranquila. O tal do equilíbrio né? ☕️🤰🏻