O parto na água não é um tipo de parto, e sim uma possibilidade dentre as várias do parto normal. Você pode planejar um parto na água e, quando chegar a hora, não se sentir confortável na banheira – e tudo bem!
O importante é que você saiba que existe essa opção e que ela pode trazer benefícios para o seu trabalho de parto, mas que você irá parir muito bem também caso não queira usar esse recurso.
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➡ A água ajuda a diminuir a dor do parto?
Cada mulher responde à dor de maneira diferente, mas em geral, sim, a água morna alivia muito a percepção da dor, seja na banheira ou no chuveiro. Principalmente quando as contrações são muito dolorosas e o bebê está pressionando fortemente o colo do útero, sobretudo quando ainda não há dilatação avançada (fase latente). A água morna promove o relaxamento (principalmente das regiões lombar e perineal) e faz a mulher ficar mais confortável e leve, atuando como técnica natural de controle da dor.
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➡ Existe algum momento do trabalho de parto que a gestante deve entrar na água? É verdade que se ela entrar muito cedo, “desacelera as contrações”?
Não, não existe evidência científica que faça relação entre a fase do trabalho de parto e a entrada na água. É comum vermos, inclusive, mulheres em fase latente e com muitas dores se beneficiarem da imersão em água morna, abreviando a duração do trabalho de parto.
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➡ E se a gestante quiser fazer uso de analgesia, ela ainda pode ter um parto na água?
Pode! É sempre válido lembrar que, além da água morna, existem outras técnicas naturais e não farmacológicas de controle da dor que podem ser usadas antes da opção pela analgesia (tem post sobre isso!). Contudo, se for da opção da mulher o uso de analgesia, ela pode sim seguir na banheira. Ela sairá da água para tomar a medicação e, com o curativo apropriado, está liberada para voltar.
➡ E para o bebê, existe algum risco de nascer na água? Ele pode se afogar ou sofrer algum tipo de infecção?
Não há nenhuma evidência científica que aponte risco de infecção para o bebê que nasce na água. Ele também não irá “se afogar” ao nascer, pois, dentro do ventre materno, ele está em meio líquido e ainda não “respira” – suas trocas são feitas via cordão umbilical. Portanto, o bebê sairá de um meio líquido para outro e só começará a respirar de verdade e de maneira independente quando sair de dentro da água.
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➡ Parto na água é mais humanizado que outros?
Não existe isso de mais ou menos humanizado. É comum que as pessoas pensem que parto humanizado é sinônimo de parto na água. Para um parto ser humanizado, é necessário que haja autonomia e protagonismo da mulher – entre outros fatores (tem post!). Isso quer dizer que ela pode ESCOLHER parir na água ou em qualquer lugar que prefira e nenhuma das opções faz aquele nascimento ser mais ou menos humanizado.
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Na foto, @thaisrsk deslumbra em sua versão mais selvagem, realizando o sonho da sua vida ❤
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📸 @deborasilveirafotografia