Como saber se meu DIU está no lugar certo?

De maneira geral, caso não se refira incômodo/desconforto ou não se perceba algo diferente, não existe qualquer protocolo ou recomendação oficial para solicitação de exame de imagem para checagem da correta localização do DIU. Sabemos que vários profissionais indicam ultrassonografia transvaginal todos os anos, mas não há evidência de benefício que sustente essa prática.

O risco de desposicionamento/expulsão do DIU é mais importante no primeiro mês de inserção e até o primeiro ano, diminuindo consideravelmente com o passar do tempo. Já não é comum que aconteça no primeiro mês e, após esse período, torna-se menos frequente ainda. Estima-se que a taxa de expulsão varie entre 3-10% fora do ciclo gravídico-puerperal e 9-15% se inserido pós parto. 

Caso a mulher queira sentir um pouco mais de controle e segurança, pode realizar a auto verificação através de toques vaginais para que ela mesma sinta o fio, conheça seu tamanho e padrão e consiga perceber possíveis alterações ou mudanças. Se ela não costuma se tocar e não conhece sua vagina e seu colo, pode ser uma ótima oportunidade para entender como seu corpo funciona. Ela pode se tocar mais amiúde no começo – semanalmente no primeiro mês – e depois conferir mensalmente. Um bom momento para isso é logo após a menstruação, pois o útero em geral se encontra mais baixo e costuma ser mais fácil sentir o colo e tocar a cordinha. Caso ela perceba alguma diferença como aumento no tamanho do fio ou não mais sentir o mesmo, deve procurar um profissional de saúde e investigar – com USG.

Se houver alguma mudança substancial no padrão menstrual, como hemorragia ou dor, especialmente após o período de adaptação, sangramento fora do período menstrual, dor durante a relação sexual ou cólicas excessivas fora do período menstrual, vale fazer um exame ultrassonográfico para verificar a posição do DIU. Especialmente se notar alguma mudança (cordinha aumentar de tamanho ou se sentir algo mais durinho no orifício externo do colo – que pode ser a pontinha do DIU).

Muito embora não exista uma recomendação formal, alguns profissionais solicitam (ou realizam) a USG imediatamente após a inserção e outros – como eu – preferem solicitar um mês depois, para confirmação de correto posicionamento e tranquilização da usuária. 

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