Circular de cordão (“cordão enrolado no pescoço”) justifica cesariana?

Durante a ultrassonografia obstétrica, deparamo-nos frequentemente com um questionamento muito comum das pessoas a respeito da presença de uma ou mais circulares de cordão umbilical, quando o mesmo se encontra (naquele momento) enrolado ao redor do pescoço ou de outras partes do corpo do bebê – em torno de 30% dos bebês assim nascem, saibam!

Embora possa parecer assustador, a circular de cordão é uma condição benigna e não traz riscos para o feto ou para a gestante. Lembrem-se: o bebê realiza todas as suas trocas com a mãe através do cordão umbilical, não podendo ele sufocá-lo ou enforcá-lo já que não “respira” pelas vias aéreas. Esse achado inclusive, NÃO muda em nada a via de parto!

Ainda, bebês se movimentam muito ao longo de toda a gestação e com frequência se enrolam e desenrolam em seus cordões, principalmente se forem compridos o suficiente e em fases mais iniciais da gravidez. Dessa forma, um achado pontual à ultrassonografia (que espero ter sido bem indicada), pode não se confirmar ao nascimento e vice-versa: a USG pode não visualizar circular e o bebê assim nascer, normalmente.

O ideal é que esse dado de circular de cordão sequer seja informado à gestante ou laudado, pois só aumenta ansiedade – especialmente pra quem ignora – e não traz qualquer informação relevante ao profissional assistente.

Se você recebeu o diagnóstico de circular de cordão no seu bebê, não se assuste. Converse com quem te atende, tire todas as suas dúvidas e se a resposta não for satisfatória, TROQUE!

Ah e não se impressione com relatos de blogueiras ou subcelebridades: elas também são assiduamente enganadas e levadas pra faca ou partos vi0lent0$.

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