A TRILOGIA DA BOLSA ROTA (parte 1)

Levanta a mão quem já viu essa cena na TV: a grávida sente uma fisgada, olha pra baixo e “a bolsa estourou!”. Segue-se uma histeria coletivo, gritos, “vamos correr para o hospital!”, faz três forças, bebê nasce. Ufa!

APAGA ESSA CENA DA SUA CABEÇA! ❌🚫

Vamos à vida real? Vamos falar de BOLSA ROTA!

Mas Bia, do que se trata? Eu explico: bolsa rota (rompida) assim, do nada, tem nome e sobrenome: Rotura Prematura de Membranas Ovulares. Chama-se “prematura” por acontecer antes do início do trabalho de parto (ou seja, a gestante ainda não tem contrações).

Geralmente é de muito fácil identificação, sai uma aguaceira mesmo, escorre líquido pelas pernas, molha a calcinha toda, molha a cama, faz lambança. Muitas mulheres referem sentir e ouvir um “ploc”, um tipo de estalo, seguido de líquido quente escorrendo.

Mas não se confunda! Com alguma frequência, pode acontecer a “rotura alta” ou coriorrexe, que é quando apenas a membrana externa se rompe, liberando uma pequena quantidade de líquido amniótico.

Comumente, perde-se o pouco líquido da fina lâmina presente entre as membranas e depois cessa. Essa situação não é caracterizada de fato como bolsa rota, já que a mulher pode vir a entrar em trabalho de parto espontâneo dias ou semanas depois, sem nenhum prejuízo para ela ou para o bebê – e a bolsa das águas continua lá, intacta.

Apenas uma minoria das mulheres rompe bolsa antes do início do trabalho de parto. Na grande maioria delas só acontecerá durante fases mais avançadas do trabalho de parto, frequentemente já no expulsivo.

Também pode acontecer da bolsa não romper e o bebê nascer dentro dela (empelicado) – lindo e emocionante, porém raro.

É importante saber que, independente de quando a bolsa rompe, o líquido amniótico continua sendo produzido, então aquela expressão “parto seco” não existe!

➡ Fique ligado que no próximo post tem a parte 2: devo sair correndo para o hospital quando a bolsa romper? (Adivinha?!)

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