Circular de cordão, falta de dilatação, muito ou pouco líquido, bolsa rota, bebê grande ou pequeno demais, trânsito nas grandes capitais, bebê com unha muito comprida, mãe magra ou gorda além do ideal. Essas são apenas algumas das centenas de justificativas dadas por profissionais médicos para justificar as cesarianas para mulheres no final da gestação. A cirurgia normalmente acontece em duas situações: ou porque o médico indicou – correta ou incorretamente – ou porque a gestante quis. Só nos resta saber se ela foi informada dos riscos acerca de tudo que diz respeito ao procedimento. Muitas vezes, sem apoio e informação, a grande maioria das mulheres é encaminhada ao centro cirúrgico, fazendo do Brasil um país recordista de cirurgias. E o mais grave: a esmagadora maioria delas é eletiva, sem trabalho de parto.
É importante que a mulher saiba que a cirurgia cesariana só é indicada de maneira absoluta em algumas situações bem específicas (e pouco comuns) e muitas delas só serão decididas após o trabalho de parto já ter iniciado.
A partir deste post, vou indicar as 10 indicações absolutas de cesárea, explicando uma por uma:
Indicações reais de cesariana 1/10
➡️ Placenta prévia total
Nesse caso, a placenta recobre totalmente o colo do útero e se interpõe entre a cabeça (ou bumbum) do bebê e o colo do útero, contraindicando o parto normal pelo imenso risco de descolamento de placenta, hemorragia materna e consequente óbito fetal.
O diagnóstico definitivo só é possível no terceiro trimestre, a partir de 28 semanas.
Dessa maneira, está indicada a cesariana eletiva com até 38 semanas de gestação ou o mais rápido possível caso o trabalho de parto se inicie espontaneamente antes dessa data.
Observação: Placentas de inserção baixa ou marginal são compatíveis com o parto normal, monitorando-se o sangramento materno.